Categoria
Ações
Local
São Paulo, 2022
O espetáculo AMÉFRICA: Em Três Atos fundamenta-se em uma narrativa épica/ fantástica criada a partir de histórias diversas sobre personagens presentes nos levantes históricos, nas cosmovisões e nas narrativas negras e indígenas, incluindo as diferentes práticas rituais e literaturas orais existentes no país. A partir da noção de Amefricanidade, cunhada por Lélia Gonzalez, do Conceito-ação de Retomada, dos Tupinambás da Serra do Padeiro e do Conceito de Confluência, elaborado por Antônio “Nego Bispo”, são feitos contrapontos aos personagens da história oficial colonial no continente americano.
Os Atos
Em três atos, AMÉFRICA tem uma narrativa fragmentada, porém complementar.
Ato 1: A Cicatriz Tatuada, que tem dramaturgia de Claudia Schapira, é um filme online que deverá ser visto previamente pelo espectador.
O Ato 2: A Retomada, é uma peça-intervenção e foi escrita por Aldri Anunciação.
O Ato 3: A Tempestade é assinado por Dione Carlos, e é uma intervenção performática, contra-narrativa, que une videoinstalação, música, dança, mixtape, teatro e performance.
Fazem parte da peça, ainda, intervenções em vídeo – com reproduções de falas de intelectuais e artistas, além de diálogos com outros artistas – como Jairo Pereira e Thereza Morena – e coletivos de teatro (Espiralar Encruza e O Bonde). Além disso, o epílogo da peça sempre conta com a participação de um artista indígena e ou artista negre convidade.
“A ideia de ‘Confluência na Retomada’ é a própria metáfora do espetáculo, nossa função é localizá-la num espaço onde se revelam as tensões da nossa sociedade, na qual negros e indígenas ainda lutam para escapar do genocídio e do racismo estrutural, procurando recuperar a dignidade e a liberdade num sistema colonial que se atualiza constantemente”, explica o diretor Eugênio Lima.